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Rio de Janeiro - Ministerio das Relações Exteriores, 16 de março de 1895.

O abaixo assignado recebeu a nota, que o Sr. George Greville, Encarregado de Negocios da Grã-Bretanha, lhe dirigiu hoje, fazendo-lhe a seguinte declaração: << O governo de Sua Magestade Britannica, tendo-se encarregado de empregar seus bons officios com o fim de effectuar o restabelecimento entre o Brazil e Portugal das relações rôtas pelo Governo Brazileiro em consequencia da recepção dos refugiados Brazileiros a bordo dos navios portuguezes na bahia do Rio de Ja neiro e da fuga de alguns delles, quando no Rio da Prata, considerou cuidadosamente os documentos que lhe foram communicados pelos Governos Brazileiro e Portuguez.

O Governo de Sua Magestade recebeu tambem do Ministro Portuguez na Côrte de Saint James a seguinte declaração :

<< Só para obedecer a sentimentos de humanidade, e não para prestar auxilio aos revoltosos Brazileiros, foi que o Governo Portuguez manteve o asylo concedido e o fez sob condições que, fundadas em principios do direito internacional, infelizmente não foram observadas por seus agentes. O Governo Portuguez não previu, nem podia prever, as circumstancias especiaes em que esse asylo se tornou um facto.

<< Dados os antecedentes de amizade e mutuo respeito inalteraveis entre os dous paizes, nenhuma intenção teve, nem poderia ter o Governo Portuguez, de offender a soberania da Republica dos Estados Unidos do Brazil.

« O Governo Portuguez viu com pezar que á concessão do asylo não correspondeu a lealdade dos asylados, e que por actos, que aliás deu-se pressa em submetter aos tribunaes judiciaes, estabeleceu-se uma situação internacional que não pode constituir precedente.

<< Sendo o asylo acto de humanidade e não meio de favorecer hostilidades, o Governo Portuguez só fez cessar a detenção dos asylados que desembarcaram em territorio portuguez quando se convenceu que não abusariam da liberdade para con

tinuar a lucta contra o Governo Brazileiro, considerando-se assim relevado da responsabilidade que voluntariamente assumira.

«Tendo o Governo Portuguez feito essa declaração que, segundo parece ao Governo de Sua Magestade, remove toda causa de desintelligencia entre o Brazil e Portugal, o Governo de Sua Magestade está convencido que os dous governos não se demorarão em estabelecer uma reconciliação formal, acreditando simultanea mente representantes em Lisboa e no Rio de Janeiro. »

O Sr. Presidente da Republica, a cujo conhecimento o abaixo assignado levou a communicação que acaba de transcrever, encarregou-o de assegurar ao Sr. Greville que acceita com prazer a declaração feita pelo Governo Portuguez e que, considerando satisfactoriamente terminado o incidente, a que a mesma declaração se refere, como acto formal de sincera reconciliação, nomeará sem demora o representante que deve continuar as relações diplomaticas, por algum tempo suspensas. O abaixo assignado, congratulando-se com o Sr. Encarregado de Negocios por tão importante successo, tem a honra de reiterar-lhe as seguranças de sua distincta consideração.

Ao Sr. George Greville.

Annexo 1

CARLOS DE CARVALHO.

REPUBLICA FRANCEZA.

Reclamação pelo desapparecimento dos engenheiros Buette, Müller e Etienne e do medico Déville.

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Je serais reconnaissant à V. Ex. de vouloir bien me faire connaître s'il est exact, comme l'annoncent les journaux en Europe, que l'ingénieur français Buette ait été arreté par les autorités Brésiliennes. Je prie également V. Ex. de vouloir bien m'indiquer à quelle heure je pourrais la rencontrer demain vendredi au Ministère des Relations Extérieures.

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Urgente Em resposta ao telegramma de V. Ex., cabe-me participar que Repartição Policia acaba de informar-me que nada consta alli engenheiro Francez Buette. Outrosim, communico que innumeros afazeres Repartições meu cargo me privam prazer receber V. Ex. amanhã, pelo que aguardarei V. Ex. na Secretaria de Estado no sabbado proximo, depois de uma hora da tarde. Saúdo a V. Ex.

MINISTRO EXTERIOR,

N. 8.

Telegramma ao Governador de Santa Catharina.

Governador do Estado

Desterro.

Rio, 16 junho 94.

Peço-vos informeis urgencia si está ahi preso o engenheiro Francez Buette, ou e que vos constar a seu respeito.

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Em telegramma dia 16 do passado perguntei-vos si estava ahi preso o engenheire Francez Buette ou si vos constava alguma cousa a seu respeito. Não tendo recebid resposta, permitti vos recorde assumpto, para atten ler Ministro França.

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Monsieur le Ministre —J'ai eu l'honneur, vers le milieu du mois dernier, faire appel à l'obligeante intervention de Votre Excellence pour obtenir des renseignements au sujet de l'Ingénieur français Buette, dont la familie désirerait vive ment recevoir des nouvelles.

Votre Excellence avait bien voulu me promettre de télégraphier de différents côtés, pour savoir où et dans quelle situation se trouvait Mr. Buette. Le temps qui s'est écoulé depuis lors aura certainement permis à Votre Excellence de se procurer, á cet égard, des informations que je lui serais très reconnaiss int de vouloir bien

me communiquer.

Veuillez agréer, Monsieur le Ministre, les assurances de ma haute considération.

A Son Excellence

Monsieur Cassiano do Nascimento,

Ministre des Relations Extérieures.

A. IMBERT.

Traducção da nota precedente.

Legação de França no Brazil - Petropolis, 12 de julho de 1894.

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Senhor Ministro Em meado do mez findo, eu tive a honra de solicitar a obsequiosa intervenção de V. Ex., afim de obter informações acerca do engenheiro Francez Buette, do qual a familia desejava vivamente ter noticias.

V. Ex. havia-se servido prometter-me que telegrapharia para differentes logares, afim de saber onde e em que situação se achava o Sr. Buette. O tempo decorrido desde então terá certamente permittido que V. Ex. colhesse, a esse respeito, as informações que eu muito agradeceria, si V. Ex. quizesse communicar-me. Queira acceitar, Sr. Ministro, as seguranças de minha alta consideração.

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Depuis le 14 du mois dernier, je me suis, sur l'invita

tion de mon Gouvernement, adress› à diverses reprisses ao Ministère des Relations

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